domingo, 11 de maio de 2014

O Diário de Renesmee IV: Capítulo 17 - Parte II

O Diário de Renesmee IV' é a continuação da fanfic ‘O Diário de Renesmee’ 'O Diário de Renesmee II e III', e não tem nenhuma ligação com as mini fanfics ‘Tudo o que você sempre quis saber da Família Cullen’ ‘Emmett ensina travessuras a Nessie’.


É indicado que antes de ler esta fanfic você já tenha lido 'O Diário de Renesmee I''O Diário de Renesmee II' e 'O Diário de Renesmee III'.

Sobre os erros de português : Pedimos desculpas pelos erros de português que encontrarem na fanfic e fazemos o máximo possível para arrumar esses erros. Porém, como ninguém é perfeito, pode ser que ainda tenha alguns erros na fanfic.

Sobre ser lançado um livro com a fanfic: A fanfic é baseada na história da Stephenie Meyer e os direitos autorais são todos dela. Não podemos lançar um livro com a fanfic e não temos intenção nenhuma de fazer isso.

Sobre os capítulos : Os capítulos serão postados por semana, e qualquer imprevisto avisaremos nas redes sociais.

Abraços,
Anielle, Melissa e Dhayane.


Capítulo 17
Tudo pode acontecer
Narrado por Renesmee




Clique aqui se quiser relembrar o último capítulo
Narrado por Jacob Black

Nessie. Renesmee. Gravidez. Bebê. Volturi. Gravidez. Renesmee. Doente. Perigo... Morte. Estas e mais outras palavras tomaram conta da minha mente nos últimos dois dias. E eu corria veloz tentando afastá-las.

Imaginava várias situações e via o corpo de Bella grávida, mas como o rosto de Renesmee. Imaginava uma batalha, o nosso bebê fugindo nos braços de Renesmee e ela assistindo Edward e Bella morrendo.

Tentei frear, pois uma árvore se aproximava, mas eu não tinha percebido o quanto estava fraco e cansado eu estava. Por quanto dias eu estava correndo? Não consegui frear e bati meu focinho na madeira. Merda!

Ouvi animais e água. Eu precisava bebê-la. Para minha surpresa, havia um urso perto do rio. Sorte minha que ele foi embora quando me aproximei.

Bebi muita água e procurei um canto para descansar. Eu me sentia o pior homem do mundo. Tanto fisicamente quanto emocionalmente. Estava com medo de me transformar em homem e cair em lágrimas. Eu sei, sou um idiota.



Devo ter adormecido às margens do rio, pois quando eu acordei estava com o rosto na terra. Eu havia me transformado em homem enquanto estava dormindo e agora não tinha roupas para voltar para casa. Me transformei em lobo de novo e tentei me localizar. Onde eu estava? Parecia uma cidade pequena e aparentemente eu estava perto de uma rua com várias lojas. Droga, eu precisava encontrar um varal ou alguma coisa. 

Andei mais alguns metros, sempre tomando cuidado para não ser visto. Não estava encontrando nada e nem ninguém, então decidi esperar até a noite para que pudesse andar como lobo até uma das casas. Porém, decidido isso ouvi vozes masculinas se aproximando. 

Corri para me esconder e observei o grupo de homens se aproximar. Eles estavam armados, pareciam caçadores. Eu devia estar numa região de caça de Washington. Corri mais rápido tentando me esconder, mas eles já haviam me detectado, pois estavam me espionando antes de eu notar. Como pude ser tão descuidado?

Um dos homens disparou um tiro contra mim. Passou alguns centímetro longe do meu corpo. Corri ainda mais, mas estava tão cansado que podia sentir minhas pernas fraquejarem. Uma ideia passou rapidamente pela minha mente e eu decidi que era minha única chance.

Desviei para o nordeste, tentando enganá-los. Parei longe o suficiente deles e me transformei em homem. Corri em direção aos homens e parei quando ouvi os passos deles. Me joguei no chão, fingindo-me desmaiado.

- Olhem lá! Tem uma alguma coisa ali! - Rezei para que não atirassem em mim pensando que eu fosse o lobo que estavam procurando. Na verdade, eu era, mas eles não sabiam disso.

- É um homem! - Um dos caçadores gritou. - Venham aqui!

- Parece estar machucado! Chamem John para socorrê-lo. 

Eu estava machucado? Onde? Eu não sentia dor. Não podia abrir os olhos agora para verificar ou meu disfarce acabaria. 

Enquanto eles se aproximavam, meu coração batia mais forte, pulsando adrenalina.
A última coisa que senti foi um tecido cobrir meu corpo nu e mãos de homens me carregando.



Acordei sufocado. Estava em um quarto pequeno, parecia um quarto de trailer. Me levantei e vi que tinham colocado uma bermuda em mim. Ótimo! Pelo menos agora eu poderia ir embora. Ir embora para minha Nessie, pensei, mas não sabia se ela aceitaria falar comigo.

Abri a porta do quarto, olhando em volta. Vi uma mulher na cozinha do trailer que dava de encontro ao quarto em que eu estava. Ela percebeu que eu havia aberto a porta e sorriu.
Ela era nova, parecia ter menos de trinta anos, bonita e loira. Estava com um suéter preto e uma calça jeans.

- Oi. - Ela sorriu novamente. - Estávamos esperando você acordar.

Eu abri a porta do quarto totalmente e encarei-a. 

- John! O seu paciente acordou.

John, aparentemente o homem que havia me socorrido, veio até a cozinha do trailer. Ele era alto, magro e loiro também. Me cumprimentou com um aperto de mão.

- Como está se sentindo? - Ele perguntou.

- Bem. Eu acho.

A moça sorriu. O cheiro da comida que ela estava fazendo me deu muita fome. Há quanto tempo eu estava sem comer?

- Então, você sabe o que aconteceu com você?

- Hm. - Tentei mentir sem parecer ridículo. - Eu estava fazendo uma trilha na floresta e acabei me perdendo. Algum animal me atacou e eu lutei, mas acho que acabei me machucando. 

- Você estava com alguns ferimentos nas costas, mas não pareciam de animais. E estava nu também, devo acrescentar.

A moça riu, tímida, e voltou a cozinha quando seu marido olhou incrédulo para ela.

- Eu não sei direito o que aconteceu. Talvez alguém tenha me sequestrado.

- Não acha que deveria ir a polícia?

- É, talvez sim. - Enrolei. - Estou bem assustado. Não consigo me lembrar o que aconteceu. 

- Não te levamos a um hospital porque o hospital mais próximo fica a duas horas daqui. Você estava sangrando e eu sou médico.

- Ah, entendo. Está tudo bem. Muito obrigado, John. - Tentei sorrir. - Agora preciso ir. Voltar para minha cidade.

- Não acho que seja uma boa ideia. - Ele acrescentou. - Você parece fraco. Por que não fica e come alguma coisa? Jolie está cozinhando.

Pensei bem se deveria ficar e responder mais algumas perguntas. Porém, eu estava morrendo de fome e só conseguiria correr para voltar para casa se comesse alguma coisa.




Comi dois pratos de macarronada feitos por Jolie. Ela, aliás, não era esposa de John e sim sua irmã. Os dois sentaram-se na mesa comigo e começamos a conversar sobre as nossas vidas. Contei a eles que morava em International Falls, em Minnesota, mas estava passando um tempo com meu pai na Reserva Quileute e que era casado com uma mulher incrível. Deixei de lado a gravidez inesperada de Nessie porque ainda não estava preparado para contar para alguém. Até que Jolie se manifestou.

- Mal descobri que estou grávida e sinto uma fome grandiosa. - Ela riu, preenchendo seu prato de macarrão novamente. Ela acariciou a barriga e John sorriu também.

- Poxa, que bacana! - Tentei ser legal, pois eles haviam me salvado e acolhido de uma forma boa.

- Você sempre comeu bem, Jo, mas agora irá ficar pior! - John riu e eu ri junto. Cada frase e Nessie vinha ainda mais nos meus pensamentos. Meu coração se partia querendo voltar para ela, mas eu não podia ser indelicado com John e Jolie.

- John, eu tentei ligar para o Stefan hoje de manhã, mas ele não atendeu. - Jolie lamentou e John observou o rosto da irmã por alguns segundos.

- Que canalha! - John bateu na mesa e eu levei um susto. Quem era esse Stefan que deixava todos com raiva ou tristes (ou no meu caso, assustado)?

John olhou para mim e sentiu que devia uma explicação.

- Stefan é o ex-namorado de minha irmã. Semana passada, ela contou a ele que estava grávida e ele sumiu, desde então. Não conseguimos achá-lo.

Eu quase me engasguei e fiquei ainda mais mal. Precisava voltar para casa já ou Renesmee pensaria que eu tinha a abandonado.

- Entendo. Sinto muito, Jolie. - Tentei sorrir para a moça, mas ela ainda parecia meio triste com o ocorrido. - Bom, pessoal, eu preciso voltar para casa antes que minha esposa mande a polícia atrás de mim.

John riu e disse:

- É melhor mesmo. E tome cuidado. Alguém tentou te matar hoje, Jacob.

- Eu sei me cuidar.

Mesmo depois de eu insistir que estava bem, John me ofereceu uma carona. Eu estava há quatro horas longe de casa e até que fizemos uma viagem boa. John era um sujeito simpático e com bom coração, mas algo no meu interior me dizia que eu poderia me meter em confusão. Um cara pelado, machucado, fraco e desmaiado na floresta atraia mais atenção do que o normal. Eu esperava que John e seus amigos mantivessem isso em segredo. Talvez eu estivesse maluco, mas Renesmee me dizia que sempre devemos confiar no nosso interior e nos nossos sentimentos sobre as pessoas, então decidi não arriscar. Dei um endereço perto de casa para ele, mas não o exato. Também não queria que os Cullen e Renesmee vissem que eu havia chegado de carona. Agradeci muito John e sai do carro. Não sabia o que iria dizer. Estava aterrorizado.

Mesmo dia que Jacob, só que narrado por Renesmee.
Hoje eu acordei e voltei a dormir. Estava com fome, mas toda vez que tentava comer alguma coisa eu vomitava. Me sentia fraca e estava ignorando todos que vinham ver se eu estava bem. Na verdade, eu estava com medo de abrir a boca e dizer o quanto eu estava me sentindo mal.

Minha mãe quase não saia do meu lado e seu rosto parecia congelado num ar de preocupação. Meu pai estava preocupado, mas em seu rosto eu também via raiva de gravidez e morte estarem acontecendo novamente.

Hoje faz três dias que eu não vejo Jacob e a cada segundo penso que ele não vai mais voltar. Sempre duvidei dessa história de imprinting... Era um mito, uma mentira. Jacob me amava, mas me amava por obrigação. Seria uma questão de tempo para que ele me deixasse.

Eu só lamentava por este bebê ficar sem um pai. Eu sabia que meu avô, meus tio, e com certeza meu pai seriam ótimos pais substitutos, mas Jacob seria um pai exemplar se ele quisesse. Eu tinha tanta coisa para dizer a ele. Eu queria segurar na sua mão e dizer que estávamos preparados, que o nosso amor, ou pelo menos, o amor que eu tinha por ele iria nos ajudar e que mesmo que eu não sobrevivesse a gravidez ele precisava cuidar do nosso filho. Nosso filho, eu sorri com essas palavras juntas na minha mente. 

- Já chega! - Meu pai entrou no quarto, repentinamente. - Irei procurar Jacob agora. Vou achá-lo e trazê-lo aqui para se ajoelhar e se desculpar na frente de todos.

- Pai, não! - Sussurrei. Só de imaginar meu pai trazendo Jake de volta. Era humilhante demais... 

- Bella. - Meu pai chamou minha mãe que estava ao meu lado. - Arrume nossas coisas. Vamos voltar a International Falls amanhã. Iremos levar Renesmee para casa. O lugar dela não é aqui.

É claro que depois de ouvir esta frase, Billy ficou magoado. Ele e meu pai discutiram e Paul, marido de Rachel, também ficou a favor de Billy. Meu pai havia magoado Billy, que estava sendo um anfitrião ótimo, me deixando ficar na sua casa, deixando meus pais que cheiravam mal entrar e sair o tempo todo... Meu pai não poderia ter feito isso. Eu queria levantar e me desculpar, mas antes que eu tivesse a chance de fazer isso ouvi uma só voz. A voz que eu estava esperando. E desmaiei.

Narrado por Jacob.
- Sou grato pelo que está fazendo, Billy, mas o seu filho está sendo um idiota! Não posso deixar minha filha aqui sofrendo por um homem que fugiu dela, mesmo ela estando grávida! - Edward gritava e aparentava estar no meu de uma discussão. Ótima hora de voltar, Jacob, pensei comigo.

- Eu entendo, Edward. Jacob irá voltar quando ele estiver preparado.

- Voltar? Eu não quero que ele volte quando meu neto ou neta estiver com 20 anos! Ele é um covarde! O pior homem que Renesmee poderia escolher.

Entrei na casa de meu pai e Edward me fuzilou com os olhos. Eu não queria morrer, então se ele tivesse que me matar teria que esperar eu me desculpar com Renesmee primeiro.

- Se desculpar? - Edward riu, irônico. - Não acho que ela vá perdoa-lo. 

Ignorei-o e passei por ele diretamente para o quarto onde Renesmee deveria estar. 

Inesperadamente fui prensado contra a parede, as mãos de Edward na camisa de John. Ainda bem que ele concordou que eu poderia ficar com ela.

- Pare de fazer pouco desta situação. - Ele gritou, lendo meus pensamentos.

- Não estou, Edward, e pare de me sufocar. - Eu respondi com dificuldade.

- Edward, solte Jacob. - Bella apareceu e pediu. Edward nem olhou para ela, cada vez mais minha garganta era apertada e o ar ficava escasso.

Ele me soltou e eu quase cai no chão.

- Se desculpe e depois vá embora. Você não vai ficar junto dela.

Decidi não protestar, mas quem era ele para me dizer onde ficar? Aqui era a casa do meu pai e Renesmee era minha esposa.

Edward rosnou de raiva e eu segui em direção ao quarto.



Diferente do que eu estava esperando, Nessie sorriu quando me viu. Ela parecia outra pessoa, mais magra, mas frágil e eu senti vontade de envolvê-la nos meus braços, porém me lembrei que não podíamos mais fazer isto. Nosso toque causava dor e sofrimento para ambos.

- Nessie... - Sussurrei. Eu não tinha percebido que estava chorando. Levei uma de minhas mãos até o meu rosto para capturar a lágrima, mas já era tarde mais.

Caminhei até ela que me esperava com um sorriso no rosto. Ela ergueu a mão para mim e eu toquei seu joelho com a minha cabeça. Fiquei ajoelhado na sua cama chorando por algum tempo e senti quando ela levou um dedo aos meus cabelos, tentando não encostá-lo no couro cabeludo.

- Me perdoe, Nessie. Me perdoe. Eu nunca iria deixar você.

Percebi que ela também estava chorando e eu queria desesperadamente abraçá-la agora. Doia muito ficar longe dela. 

- Agora está tudo bem, Jake. - Ela disse, baixinho.

Eu me deitei ao lado dela na cama, tomando cuidado para que nossas peles ficassem separadas.

- Eu fiquei desesperado. Não quero perder você. Nunca. - Tentei explicar.

- Shiu. - Ela pediu. - Estou tentando dormir.

Eu não consegui entender. A Renesmee que eu conhecia adorava discutir relação e argumentar. Decidi não responder, somente olhar para ela e vê-la dormindo junto a mim já era maravilhoso.

- Nosso bebê, eu, você, vamos ficar bem. - Ela disse e eu sorri. - Mas amanhã Tyler virá para nos soco... - Ela engasgou. - Socorrer e você vai ser massacrado por humanos. Foi salvo hoje, mas não será amanhã, Jake Black. Vamos todos ser. Quero ir embora, NÃO! NÃO FAÇA ISSO, JACOB!

Renesmee dizia coisas sem sentido e exceto pela sua primeira frase, eu percebi. Ela se debatia na cama e gritava alguma coisas que eu não conseguia entender. Uma de suas frases era 'não faça isso, Jacob' e eu não estava fazendo nada. 

Edward e Bella foram ao quarto por causa dos gritos. Bella abraçou Renesmee, que ainda estava de olhos fechados e falando algumas coisas, e eu fiquei sem reação. O que eu havia perdido? 

- Ela anda falando enquanto sonha. - Bella me explicou. - Algumas coisas são sem sentido, mas outras são aterrorizantes, Jake! Ela já narrou as nossas mortes e sempre fala de Tyler como se ele estivesse presente. Torço para que sejam só pesadelos.

Eu estava assustado. Não assustado com Renesmee, mas pela situação. Ela disse que eu havia sido salvo, mas amanhã não serei. Como ela sabia? Ou seria apenas uma coincidência? E ela nunca me chamada de Jake Black, era sempre Jacob. Resolvi ficar com ela durante seu sono e amanhã quase ela acordasse eu poderia dormir um pouco em paz.


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